A Síndrome do Pânico é uma doença caracterizada pelo distúrbio dos neurotransmissores serotonina e noradrenalina, possuindo como aspecto essencial, os ataques de ansiedade e nervosismo.
Os ataques de pânico manifestam-se, via de regra através de períodos discretos de ataques repentinos, de intensa apreensão e medo, frequentemente associados com sentimentos de perigo de destruição iminente.
A doença atinge pessoas de qualquer classe social, de qualquer profissão, seja na área urbana ou rural.
70%
Em 70% dos casos a doença começa a se manifestar entre os 20 e 35 anos uma fase de pleno crescimento profissional.
Sintomas:
- Náusea ou desconforto abdominal;
- Despersonalização;
- Anestesia ou formigamento;
- Ondas de calor ou calafrios;
- Dor ou desconforto no peito;
- Medo de morrer;
- Medo de enlouquecer.
A ocorrência simultânea de quatro sintomas, dentre os acima discriminados, é suficiente para demonstrar a existência da doença.
É importante ressaltar, ainda, que há ataques de pânico recorrentes várias vezes por semana ou até diariamente e que estes ataques podem ou não ser acompanhados de agorafobia.
Agorafobia
Medo de estar em lugares ou situações nas quais seja difícil sair, ou não haja ajuda disponível na hipótese da ocorrência de um ataque de pânico.
Dentre as situações mais frequentes de agorafobia, pode-se mencionar aquelas em que o indivíduo está sozinho e fora de casa, ou ainda, numa multidão, em uma fila, em uma ponte, numa viagem de ônibus, trem ou automóvel, etc.
Diferença entre Fobia e Síndrome do Pânico
FOBIA
Medo exagerado e desproporcional ao estímulo, não conseguindo avaliar a realidade da situação. Surgem pensamentos catastróficos e a pessoa sabe que o medo é exagerado, mas não consegue evitar a ansiedade, sendo que quando elimina o estímulo aterrorizante desaparecem os sintomas.
SÍNDROME DO PÂNICO
Não existe estímulo externo, sendo que surgem ataques de pânico independente do lugar e da hora. É um distúrbio de ansiedade, no qual fundamenta-se em base orgânica e psicológica.
Freud descreveu a Síndrome do Pânico como Neurose de Angústia em 1894, que apresenta traços de muita tensão e atividade mental associado aos sintomas somáticos como tremores, taquicardia, hiper-ventilação e vertigens… Angústia é uma forma de esperar o perigo ou preparar-se para ele, ainda que possa ser desconhecido.
Complicações da Síndrome do Pânico
Com a repetição das crises podem surgir algumas complicações tais como: hipocondria; fobias associadas direta ou indiretamente com as situações nas quais teve a crise; ansiedade basal; ansiedade de antecipação; agorafobia; auto depreciação e desmoralização; depressão; alcoolismo e/ ou abuso de drogas.
Ansiedade Basal
- Tensão muscular;
- Dores provenientes da tensão;
- Dificuldade para relaxar, sendo que o paciente fica sempre em alerta esperando uma nova crise;
- Intolerância a barulho;
- Impaciência;
- Irritabilidade;
- Agressividade verbal;
- Insônia;
- Fadiga no final do dia.
Ansiedade de antecipação da crise
O paciente pode associar a crise aos locais onde as teve, criando um condicionamento e, dessa forma sente-se ansioso podendo até ter crises de pânico quando se confronta fisicamente com a situação.
Evitação Fóbica
Cada vez que o paciente tenta enfrentar uma situação fica mais ansioso, chegando ao ponto de ter a crise de pânico. Quanto mais se evita uma situação, mais receio dela se vai adquirindo.
Hipocondria
Uma preocupação excessiva com a saúde física, o que se nota pelo fato da pessoa observar com mais frequência suas funções, em particular a cardiovascular. O paciente começa a acreditar que deve haver algo muito sério com sua saúde física, algo que os médicos e exames não são capazes de detectar ou então estão lhe escondendo.
Fobias
Associadas direta ou indiretamente com as situações nas quais teve as crises. Como a crise de pânico não escolhe lugar nem hora, a tendência é ir ampliando progressivamente as fobias ou a ter medo de praticamente tudo.
Auto Depreciação e Desmoralização
As limitações impostas pelo estado fóbico-ansioso comumente levam a outras complicações, tais como: sentimentos de auto depreciação e desmoralização. Há queda de qualidade de vida do paciente e da família, além do sentimento de responsabilidade pela doença e por uma hipotética falta de força de vontade para superar o problema.
Depressão
Pacientes com pânico e suas complicações podem desenvolver depressão, a qual é reativa as limitações fóbicas ansiosas impostas à vida do indivíduo. Essa depressão é secundária e ela desaparece quando o paciente melhora do pânico.
Se você se identificou com algum dos sintomas descritos, é importante se consultar com um profissional que possa auxiliar no controle dos efeitos do transtorno do pânico.
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